Mais alegria, menos ultimatos

Quantos ultimatos você já teve nessa vida?

Monique Marlley
3 min readSep 19, 2021
Foto de KoolShooters no Pexels

Quando foi a última vez que alguém se virou para você e perguntou, aliás, nem perguntou. Falou com uma voz firme e sem qualquer bom senso sobrando “ou eu, ou tal coisa”?

Sua primeira reação foi não acreditar. Era brincadeira, né? Opa, não era, não. Mas aí, depende da fase da vida que você estava consigo mesmo.

  1. Ou você soprou o arranhão que havia acabado de levar, balançou o cabelo e se retirou daquele lugar para nunca mais.
  2. Agora, se você for parte da galera do meio termo, colocou panos quentes em cima de tudo, deu uma de bobo e saiu pra tomar seu café morno, era o que tinha.
  3. Ou você se sentou calado e concordou com o que estava sendo dito e se anulou (mais uma vez).

Receber um ultimato é ter um aviso, uma ameaça com um prazo final e que lhe pede para sacrificar uma coisa que faz parte da sua história ou, talvez, até sacrificar sua história como um todo. Assim mesmo, sem pestanejar.

As nossas relações, sejam de amizade, sejam amorosas precisam de limites básicos e respeitosos. Isso quer dizer que quando a gente sente uma agitação, mesmo estando parado e sem poder mudar qualquer coisa naquela hora, temos um claro sinal de que alguma coisa começou a desabar.

O único e último ultimato que eu recebi foi há alguns anos atrás (obrigada, Deus, pelo tempo e pelo bom senso que chegou junto com ele). Hoje, eu vejo que essas ameaças nos ensinam de forma muito simples sobre quem está junto de nós.

Então, quando você receber adevertências como: ou eu, ou sua família. Ou eu, ou sua carreira. Ou eu, ou sua vida. Ou eu, ou sua alma. Reconheça que não se pode confiar em quem lhe faz ameaças com tanta imprudência e com um semblante sem demonstrar qualquer expressão.

Não deixe de fazer o que tanto quer ou de ir atrás do que você acha que merece por causa dos outros. Se quiser ponderar algum questionamento, não o faça porque alguém lhe obrigou.

Olhe pra você, para o que se passa em sua mente, seu corpo e seu coração ao mesmo tempo.

A vida sempre tem uma resposta para o que a gente pergunta.

Relacionamentos que lhe oferecem ameaças não são relacionamentos. São um cativeiro e podem tomar um espaço maior do que merecem ter.

Se precisar escolher algum lado nessa vida, escolha o seu. Porque as coisas mais importantes precisam ser genuínas do seu coração, e não dos gritos ou dos sussurros ameaçadores de quem está perto de você.

Todo mundo tem suas dificuldades. Por isso, precisamos escolher aquelas que fazem sentido para nós. Ter uma vida difícil que não faz sentido não é duro, é só triste mesmo. Porque no fim de tudo, eu quero ter a alegria de dizer que niguém escolheu minha vida por mim.

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Monique Marlley

Registro aqui os conselhos com bom senso que já quis ouvir e um pouco dos livros que li.